terça-feira, 21 de agosto de 2012

Deplorável ecológico

É deplorável o estado em que se encontra o Parque Ecológico "Monsenhor Emílio José Salim". A boa reportagem da Luciana Félix, no Correião, hoje, 21/08, relata como Estado e Município não se entendem e por razões mesquinhas. Aliás, são vários os candidatos que expõem as "boas relações" com o governo do estado para obter investimentos para Campinas. Balela; o Ecológico é um patrimônio extraordinário que é degradado ano a ano pela ausência de responsabilidade do governo estadual e do empurra-empurra com o município. Sob a alegação da 'transferência" da gestão para o município, o estado simplesmente abandonou a responsabilidade de mantê-lo como exige os princípios legais da boa administração. É totalmente reprovável a alegação do governo do estado de que são estudados os termos de permissão para o município assumir o gerenciamento e a manutenção do local. Este, passados vários prefeitos, se omite também por não se impor e por caminhar no ritmo da burocracia permissiva que engrandece o abandono daquela área. lamentável esse péssimo exemplo de "parceria" entre Estado e Município.

Deve-se lembrar que o abandono do Parque Ecológico começou no governo Magalhães Teixeira, em 1993, pelo conflito com o adversário Orestes Quércia que, quando governador, implantou o projeto. Depois, teve início uma sucessão de iniciativas que nunca resultaram na recuperação do parque.

O abandono é típico da ausência de diálogo eficiente entre Município e Estado. O discurso vira mantra dos candidatos e políticos com cargos. Tanto que os deputados pelo PSDB ou aliados do governo tucano desde então se calam continuadamente em relação ao assunto (como para tantos outros temas). 

É o abandono. Deplorável.